Passamos o dia todo "mareando a vela jennaker" para conseguir alguma velocidade, mas com o vento muito fraco, não resolveu muito. Aí, caiu a noite, como de costume, baixamos a jeannaker e subimos a genoa e grande rizadas.
A noite corria tranqüila e com os ajustes que fizemos o Allegro ia navegando entre 4/5 knots. Jantamos arroz com um super omelete (na verdade colocamos tudo que sobrava na geladeira) e o turno começou.
Lá pelas duas, o vento começou a diminuir a velocidade e estranhamente mudar de direção. Como já tivemos um fato semelhante a poucos dias atrás, já sabíamos o que vinha pela frente; Pirajá!!! Mas, mal deu tempo de chamar ajuda e a chuva chegou.
A intensidade da chuva e a aceleração do vento é tão brutal, que só estando no local pra entender. Não dá pra fazer nada. Tudo fica maluco: Chuva, vento, mar, barco e em plena escuridão.
A primeira ação foi ligar o motor e retomar o controle do barco. Depois tentamos enrolar a genoa. Aí deu m..... A escota (cabo que usamos para puxar a vela) escapou e saiu dando chicotada para todo lado. Foi um Deus nos acuda!
Bom, como gosto de citar frases de velejadores, aqui vai outra:
"Velejar são horas de tédio, intercaladas por momentos de pavor". A assim foi. O pavor foi grande, mas sem desespero ou descontrole de nossa parte.
Tão rápido como chegou, o temporal foi embora e tudo voltou ao normal: Vento, chuva, mar, e o nosso Allegro.
Mas, como diz o dito popular: "Desgraça pouca e bobagem", menos de uma hora depois, despencou outro temporal com a mesma intensidade do primeiro, mas desta vez sem incidentes.
Quanto a escota da genoa que havia se soltado, a encontramos totalmente enrolada e cheia de nós junto com a escota do outro lado, mas de tal maneira amarrada, que me lembrei de quando era criança e minha avó falava que coisas sem explicação, eram coisas do "Saci Pererê!!!"
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Nossa!!!!!!!Que Deus proteja vcs, Tomem cuidado....bjs Vany(mae da Paula do Andante)
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