O local conta com instalações muito modestas, com um pequeno
píer, uma área coberta, banheiros, água e energia 220V. Consegue acolher alguns
veleiros atracados, porém, na maré baixa, o barco fica no
seco, dentro de um leito moldado no barro pelos barcos anteriormente lá atracados.
Não é lá muito agradável ver seu barco enfiado na lama, ainda mais
pagando (a AVEN cobra R$30,00 por dia, independentemente do tamanho do barco), mas
é muito melhor do que ficar balançando nas águas agitadas da baia no sobe de
desce da maré, que pode ser de até 6 Metros!
Assim, após atracar o Allegro à contra bordo de um veleiro Argentino
(único local naquele momento), desembarcamos e começamos nossa “exploração” nesta
cidade.
São Luís é uma cidade de muitos contrastes. A começar pela maré, que com seu desnível enorme deixa a cidade hora linda, toda rodeada de água, com seu centro histórico à beira mar e hora no seco, colocando a mostra o fundo lodoso da baia e toda a sorte de sujeira possível à mostra.
No centro histórico, renovado há algum tempo, se pode caminhar pelas pequenas ruas e vielas, apreciando os grandes casarões com suas fachadas em azulejo que marcaram o tempo áureo da economia local. À noite, shows de folclore, música e artistas independentes movimentam as ruas e bares, onde a cerveja gelada é companhia certa.
A cidade, na sua parte mais nova, conta com enormes avenidas
ladeadas de grandes prédios comerciais e residenciais e inúmeros shoppings. Uma
curiosidade do contraste deste lado da cidade é ver o encontro de carros de
luxo dividindo espaço com as ainda “carroças puxadas a jegue”. E ainda, ao lado
de alguns destes prédios luxuosos, pequenas casas e palafitas teimam e
continuar dividindo o espaço.
Na avenida beira mar, bem organizada e limpa, inúmeros bares
oferecem a culinária local onde o camarão e o caranguejo são pratos obrigatórios.
Na nossa estada, também visitamos o Porto da Madeira, onde máquinas enormes manipulam todo o minério de ferro produzido em Carajás e o embarcam nos grandes navios graneleiros, gigantes dos mares com mais de trezentas mil toneladas de capacidade de carga.
Outro ponto muito interessante de nossa estada foi à visita ao estaleiro Batevento ( www.batevento.com.br ), do nosso já amigo Sergio, legítima empresa brasileira dedicada à produção de Catamarans. O modelo de
Bom, com relação ao reparo de nosso motor, parece que “mordi a
língua”, pois o pessoal de São Luís, apesar de capacitado, não tinha as peças
para o reparo da bomba de combustível, e o melhor prazo para obtê-las era de
seis dias. Assim, fomos obrigados a adiar mais uma vez o reparo e seguir viagem
com o motor ainda com o problema de partida (Já contatamos a Yanmar de Recife, e acredito que agora vai!).
Saímos na sexta pela manhã em companhia do catamarã “Sherry cam” (um
A viagem até Fortaleza foi muito difícil, acredito que o pior trecho desde o Caribe. Navegamos o tempo todo com vento e mar contra (vento chegando até a 32 knots), ondas altas e próximo a costa, o que tornou a viagem muito cansativa.
Chegamos a Fortaleza 90 horas depois, exaustos, mas felizes em cumprir mais este trecho da viagem, que como os anteriores foi difícil, mas dentro do previsto.
Estou aguardando a parada de vc's em Natal-RN.
ResponderExcluirAté breve.
Att,
Eduardo Aroldo